terça-feira, 25 de setembro de 2012





CAVALEIRO DA LUZ

Eis que na noite escura e pesada, surge o errante
de nobre estirpe e profundos ideais, Celeste Infante
que em mais uma investida em nome da luz, segue adiante
e se aventura nas profundezas da densidade, rijo qual diamante

Como se fosse a luz penetrando pelo pequeno vão de uma fresta
Ele se aventura e vai, sem temer os seres que lhe enfrentam
E com o coração cheio de amor e seu traje tal qual de uma festa
Resgata os que sucumbiram outrora, e hoje se lamentam

E ao chegar a entrada daquele trevoso local, o Mal o recebe
Com desconfiança e o desdém peculiar, ele é tratado
Mas nada disso o atinge, pois sereno percebe
Que no chefe trevoso se encontra um irmão a ser recuperado

E o ser trevoso lhe mostra, com detalhes e precisão
O que cada um que ali esta fez, e o porque daquela condição
Mas em seguida o cavaleiro da luz mostra a ele, sem indecisão
Que o errar faz parte de uma grande caminhada de evolução

E novamente, na insistência peculiar da tentação trevosa
O defensor do Mal tenta argumentar a justiça do castigo
E o cavaleiro da luz, como sempre, em posição amorosa
Mostra a ele que a punição é parte de um processo já prescrito

E depois da batalha de argumentos e energias entre a luz e treva
Aqueles que deviam ser libertos, foram assim resgatados
E sob a proteção divina, luz suprema que no peito carrega
O cavaleiro da luz traz consigo cada alma, como prêmio conquistado

Eis que da noite escura e pesada, surge o errante
De nobre estirpe e profundos ideais, Celeste Infante
Que retorna de sua missão de luz, na profunda treva
Com o coração cheio de amor, pelo êxito na tarefa

La vai o cavaleiro que carrega em seu peito a luz
E seu traje branco reluz a vibração de um mestre de amor
Mestre este que outrora foi condenado a uma cruz
Mas que hoje se sabe que o caminho, qual seja, a ele conduz

Fernando Golfar

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