Silêncio I
É no silêncio
Que o inverno vai, após passar pelo outono, onde as folhas caem
E a primavera vem, precedente ao calor do verão
Onde flores desabrocham pra serem fecundadas
E mais uma vez provam que existe um renascimento da essência
É no silêncio
Que a lua míngua, cresce, se renova e fica cheia
O sol triunfa e declina, em moto perpétuo
O mar avança e recua, insistente e ritmado
Apagando assim as marcas deixadas pelos nossos passos
É no silêncio
Que os destinos se cruzam e se distanciam
Que bocas se encontram numa união perfeita
Que corações se reconhecem, se amam e se ferem
Que os olhos se fitam, olhares se calam... em sentimento
É no silêncio
Que o mestre se ilumina e o fraco sucumbe à tentação
Que o pecador se redime, perdoa e é perdoado
Que o músico cria, e a sua musica recria e eleva
Que Deus se manifesta em pequenos sinais
É no silêncio
Que a razão se aquieta quando o coração se expande
E assim a prece alcança e age em seu destino
Para que o que for melhor aconteça
Pois a vibração, em silêncio, foi direcionada
É no silêncio
Que o espírito se une ao todo num samadhi
Que as mãos do Creador agem sabiamente
Que o amparador assiste, insistentemente
Aquele que com esmero se dedica à assistência
É no silêncio
Que os chakras se ativam e vibram luz
Que o pensamento flui em direção ao que se pensou
Que a energia pulsa por todo o corpo, fazendo brilhar
O corpo sutil, essência da vida e da eternidade
É no silêncio
Que as estrelas brilham, uma a uma, intensamente
Que algumas delas nascem, outras morrem..
Que o planeta gira, qual os ponteiros de um relógio criando o tempo
E os instantes são coadjuvantes da vida que se constrói
É no silêncio que se busca a luz.
É no silêncio que nos tornamos luz.
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