quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mercado Financeiro x Evolução Espiritual



O mercado financeiro mundial passa por dias de crise. Todos estão preocupados com o início da crise no setor imobiliário norte-americano, que, com seu efeito especulativo ao estilo dominó, está afetando o mundo todo. Isso por falta, em grande parte, de credibilidade. 

O mercado financeiro mundial lastreia suas operações de várias formas e em várias modalidades. Mais especificamente, temos títulos e operações financeiras no mercado de derivativos e mercados futuros, onde promessas de produção futura são dadas como garantia aos negócios feitos no presente. Enquanto ambas as partes (comprador e vendedor) confiam um no outro, tudo vai bem. O difícil é quando alguma delas passa a duvidar da outra.
No caso específico norte-americano, a questão foi o mercado imobiliário, que apresenta carteiras de crédito elevadíssimas, porém com garantia de lastro questionável.

Enquanto o tomador da hipoteca acredita que o que ele paga mensalmente pela sua casa vale o quanto pesa, o banco agradece e realiza lucros. Por se tratarem de créditos sub-prime (segunda linha), as taxas de juros são mais altas e, assim, maiores são os lucros das instituições financeiras. E estas, por sua vez, re-emprestam os valores lastreados da primeira operação, sem muitas vezes sequer terem recebido o primeiro empréstimo.
Então, números vão sendo gerados, sem o respectivo "peso em ouro", se é que podemos assim exemplificar. Mas, como os juros desse mercado (de alto risco) são igualmente altos, o investidor aposta em ganhos expressivos. Até o dia em que surge o primeiro calote, que também surte efeito cascata, gerando as incertezas do recebimento, e o mercado se retrai, gerando assim uma crise de liquidez. 

Num mundo globalizado, onde uma instituição aposta comprando e vendendo em outros países, quando um cai, todos acabam sendo puxados para baixo, pois não existe credibilidade a ponto de estancar essa derrocada global.
E o que tudo isso tem a ver com a espiritualidade ou evolução espiritual?
Resposta: Tudo a ver.
Da mesma forma, consideremos um mercado espiritual como sendo um derivativo (ou seja, deriva de uma fé, cega ou raciocinada, ou até mesmo de uma crença.) É da mesma forma imaterial (no melhor sentido da expressão), e onde cada um dos seres humanos que investem nele deposita sua confiança e interage com o mesmo, fazendo as suas vibrações e assistências. A grande maioria, inclusive, lastreia sua crença em alguém (encarnado, desencarnado, terrestre ou extraterrestre). E, nele, fazem todo o plano de investimento e rendimentos futuros (no melhor estilo de bônus-hora).
Nele, o ser em evolução deposita a sua crença e segue embasado rumo à evolução espiritual. E, ultimamente, uma grande parte de caminhantes tem investido suas "economias" no fator extraterrestre, onde, com data e hora marcadas, aqueles em quem eles apostam irão se apresentar aos demais investidores, fazendo, assim, que suas ações valorizem vertiginosamente. E apostam tudo no fator externo. É um mercado de risco, onde a realização da anunciação poderá trazer grande valorização, mas a frustração (ou não acontecimento) poderá transformar todos os investimentos feitos por eles em pó.
Assim, a grande lição que tiro de tudo isso é que jamais devemos ter uma crença sem discernimento, pois, sem ele, acabamos investindo em verdadeiras falácias e nos acomodamos para que esses engodos nos salvem, com um mínimo de esforço de nossa parte.
Se temos discernimento, jamais iremos apostar todas as nossas fichas em alguém externo (seja este encarnado ou desencarnado), pois se fizermos isso, incorreremos na mesma situação de, caso este cair, nos levar junto, em efeito dominó devastador. É como construir a nossa casa escorada na parede do vizinho, que sequer sabemos que tipo de alicerce tem.
Sem discernimento, utilizando-se apenas da fé cega, tudo vai muito bem, até que, igual ao mercado financeiro, alguém pára e diz: “Mas será que é verdade? Ou será que isso é assim mesmo?” – E, na mesma hora, aqueles que pararem para pensar naquilo que estão envolvidos e começarem a questionar, se afastarão do mercado, por insegurança e, assim, todo o castelo se transformará em ruínas, levando todos aqueles que a ele estão ligados para baixo.
Então, valorizemos as nossas "ações". Por que torná-las sub-prime (sem discernimento e conscientização), se podemos tê-las como ações de primeira linha (com discernimento integral)?
Na hora da "abertura do mercado para a pátria espiritual", que tipo de ações teremos em nossa carteira consciencial? Lembrando sempre que ações puramente assistencialistas e sem o aguardo da volta ou do reconhecimento são as mais valorizadas no setor. E aquelas que praticamos apenas para satisfação pessoal, ou por esperar bons juros futuros e reconhecimento material, são aquelas que, “do lado de lá”, são utilizadas para pesar o quanto nossas atitudes mesquinhas nos atrasam na senda evolutiva.
Praticar atos externos, superficiais, rasos, apenas queima a cotação das suas ações e você, certamente, vai querer empurrar seus títulos podres para alguém que tem menos capacidade que você mesmo e, assim, vai querer repor, no lugar delas, ações com brilho externo, mas sem luz interna (questão de sintonia). E um novo mercado de títulos sem virtuosismo irá se alastrar, formando, quem sabe, uma nova ordem religiosa fundamentalista.
Seja você o banqueiro de suas ações. Torne suas ações valorizáveis a cada ato, pois assim você sempre terá a ganhar. Uma dica é que, tudo que é feito com amor, acaba por valorizar demais as ações praticadas.
 
- Fernando Golfar - economista, contador, projetor extrafísico e sempre na busca da evolução consciencial.
 
(Texto escrito em Miami, Florida, U.S.A., em 26 de outubro de 2008, após acompanhar os noticiários televisivos).   
 
P.S.: Comentei, inclusive, com alguns amigos, sobre a diferença energética que percebi ao chegar naquele país e, mais precisamente, na Florida, em Miami. É quase perceptível a densidade energética do local e havia um pesar, uma tristeza que era quase palpável. Não posso avaliar se o fato se devia apenas e exclusivamente ao problema financeiro que o mundo estava (e está) passando.
Ao conversar com dois residentes daquele país e tentar entrar nesse assunto energético-espiritual, ambos disseram que essa atmosfera negativa vinha se fortalecendo desde a época da guerra do Golfo, e se fortaleceu com o atentado de 11 de setembro de 2001. Um deles, atendente de uma loja, disse ser indiano e estar nos EUA desde 1989. E que, na ocasião do atentado às Torres Gêmeas, o mesmo trabalhava ali próximo ao ocorrido.
Também me disse que, mesmo depois de alguns anos, ele não conseguia mais deixar de ver aquela nuvem poeirenta levantada pelos destroços... E que todas as vezes que o ocorrido vinha à sua mente, ele sentia que muitas daquelas vítimas ainda estavam por ali, presas extrafisicamente. E, devido a isso, o mesmo pediu transferência da loja de New York para a Florida.
Perguntei se o mesmo era hinduísta, e ele me disse que sim, mostrando uma imagem de Shiva* e outra de Ganesha**. E se espantou quando eu identifiquei-as, me perguntando se no Brasil eles eram conhecidos. E eu disse que não muito, mas o suficiente para que aqueles que buscam limpar o mundo da poeira causada pelos homens se inspirem e se fortaleçam espiritualmente***.
 
Om Namah Shivaya!
Ganesha Sharanam Sharanam Ganesha!

 

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